Friday, June 8, 2007

NA ROTA DE DIOGO CÃO, de Joaquim de Lisboa




























Crítica por Paz Kardo:

Engane-se, como eu me enganei, quem julgar que se trata de mais um livro de História sobre a rota de Diogo Cão, nas suas viagens no contexto dos descobrimentos portugueses. Não! Este pequeno tesouro tem como fonte, as próprias memórias do autor Joaquim de Lisboa, que neste livro se chega a sentir um parente remoto de Diogo Cão e que de forma sublime nos conta a história da sua fuga de Angola para Portugal numa traineira, uma viagem de vinte e quatro dias com início numa madrugada madrugada de cacimbo do complicado ano de 1975, com o eco dos tiros a soar por toda a Luanda, em vésperas da entrega do poder aos movimentos de libertação, aquando da declaração da independência. Uma travessia complicada para meia dúzia de homens que não conheciam muito do mar para além das ondas da praia, gente sem qualquer noção de navegação e que teve numa bússola e num mapa de um atlas as únicas ajudas viáveis. Na traineira, deu para trazer ainda uma Yamaha TZ350. Um livro de fácil leitura dada a interpretação simples do discurso do narrador, e de grande riqueza no que consta a alguns pormenores magníficos que o autor vai inserindo na sua narrativa.

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